Profissional fez palestra no 2º Seminário de Capacitação Profissional em Esportes
Bebeto de Freitas não usou recursos tecnológicos. Preferiu uma conversa informal, no sistema de perguntas e respostas. Foi o suficiente para prender a atenção dos treinadores, professores de educação física e estudantes que acompanharam nesta quarta-feira pela manhã (10/12), no plenário da Câmara de Vereadores, a abertura do 2º Seminário de Capacitação Profissional em Esportes, Lazer e Eventos. A promoção é da Fundação de Esportes, Lazer e Eventos de Joinville (Felej).
Com experiências vitoriosas como atleta e treinador de voleibol e como gestor no futebol, Bebeto de Freitas falou sobre diferentes situações do esporte. Ele defendeu a quantidade como condição para gerar qualidade no esporte do Brasil. “Temos de ter quantidade para termos qualidade. E hoje no Brasil, com exceção do futebol, não temos essa realidade”, observou.
O técnico da geração de prata que mudou o voleibol no Brasil, na década de 80, também defendeu a valorização do professor de educação física e da educação. “Outro grave problema no Brasil é que o professor não é valorizado. É triste ter de dizer isto”. Presidente do Botafogo do Rio entre 2003 e 2008, Bebeto criticou o investimento público no esporte de alto rendimento. “É uma vergonha termos verba pública aplicada no esporte competitivo. Este dinheiro deveria ser investido nos professores, nos trabalhos sociais. Verba pública deve ser aplicada no desenvolvimento da sociedade”, destacou.
Para a tarde desta quarta-feira, a programação do Seminário prevê palestras sobre atendimentos e primeiros socorros, a partir das 13h30, e sobre o paradesporto, às 15h30. Na quinta-feira (11) estão programadas palestras para os dois períodos, a partir das 8 horas.
Observações de Bebeto de Freitas:
“O Atlético Mineiro contratou minha razão. Não contratou minha paixão”. Sobre o período em que trabalhou no clube mineiro mesmo tendo toda sua vida esportiva ligada ao Botafogo do Rio.
“Não fui gestor de futebol. Fui gestor do clube do meu coração”. Sobre o período em que foi presidente do Botafogo de 2003 a 2008.
“O árbitro tem que ser tratado como profissional, ter a arbitragem como sua profissão, e também usar os recursos tecnológicos para ajudar nas decisões”. Sobre como poderia melhor o nível da arbitragem no Brasil.
“Estamos exportando dirigentes envolvidos em escândalos”. Sobre o fato do ex-presidente da Confederação Brasileiro de Vôlei Ary Graça Filho, cuja administração está sob investigação judicial, assumir a Federação Internacional de Vôlei.
“O que se gastou nos Jogos Pan-americanos do Brasil, em 2007, faria do Brasil um País de elite nos esportes. Foram R$ 7 bilhões numa competição que não vale nada”. Sobre investimentos no Pan de 2007, no Rio.
“No ano que vem vocês vão receber torcidas de clubes da Primeira Divisão. Para evitar problemas, a prevenção é a solução. Os cuidados devem ser redobrados”.
Sobre possibilidade de conflitos entre torcidas nos jogos do JEC na Série A em 2015.