Paulo Roberto de Freitas, o ‘Bebeto de Freitas’, foi um dos mais importantes jogadores de voleibol do Botafogo, tendo participado em diversos títulos consecutivos do undecampeonato carioca de voleibol ocorrido entre 1965 e 1975.
Mais tarde, Bebeto foi treinador de voleibol, tendo dirigido a equipa da consagrada “geração de prata” do voleibol masculino brasileiro, e a selecção italiana, de 1995 a 1998. Em 2003 foi eleito presidente do Botafogo de Futebol e Regatas e reeleito em 2005.
Após um longo período de desastrosas diretorias que atiraram o Botafogo para a beira da falência e para a segunda divisão do futebol brasileiro, Bebeto de Freitas logrou levar o Botafogo novamente à primeira divisão logo no primeiro ano do seu mandato.
Durante a sua gestão o futebol conquistou a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca de 2006 e as Taças Rio de 2007 e 2008, além de inúmeros e variados títulos internacionais, nacionais e estaduais em todas as modalidades amadoras: basquetebol, natação, pólo aquático, remo e voleibol.
A frontalidade de Bebeto de Freitas fê-lo enfrentar os dirigentes relapsos das instituições oficiais de futebol e as arbitragens tornaram-se um entrave à conquista de mais títulos pelo Glorioso.
Porém, apesar de ter sido combatido externamente e internamente, pela corrente encabeçada por Carlos Augusto Montenegro, reestruturou o Botafogo, deu-lhe condições estruturais nunca vistas antes, incrementou as diversas modalidades desportivas e ressuscitou a equipa de futebol, embora a marca do amadorismo reinante no clube não ter desaparecido com a sua presidência.
Após o término dos dois mandatos de Bebeto de Freitas, que foi atacado pelo seu sucessor, o Botafogo entrou novamente numa curva descendente e desprestigiante, que afecta a sua tradição e a sua glória, tendo-se salvado da 2ª divisão in extremis e ficado, em menos de um ano, quase na mesma situação caótica com a qual se defrontou Bebeto de Freitas em 2003.
Os extraordinários João Saldanha e Heleno de Freitas eram tios de Bebeto de Freitas.